sexta-feira, 6 de setembro de 2013

RETRATANDO NOSSO PAÍS

Comemoramos por esses dias, a semana da pátria. A palavra pátria nos remete a um lugar idílico e romântico onde todos os filhos são acolhidos com justiça, igualdade e respeito. Falando assim, fica até difícil comparar o Brasil, nossa terra-mãe a uma pátria, não é? ( Leia mais...).

Nosso país tem 513 anos e durante todo esse tempo, muita coisa já aconteceu. A sociedade brasileira já passou por muitos momentos e acontecimentos que a história oficial escreveu de uma forma, mas, que na realidade, não ocorreram da forma como nos foram ensinados. Durante muito tempo aprendemos a versão romantizada e distorcida dos livros didáticos, não a realidade.
Nos dias atuais, quando analisamos a situação do nosso país, vemos abertamente:
A má distribuição de renda em que uma minoria tem muito dinheiro e ostenta riqueza exagerada enquanto a grande maioria da população ganha o suficiente apenas para a subsistência.
A classe média, além de sofrer com o peso dos impostos e se deparar, desesperada, com o aumento de uma inflação que  se traduz, principalmente no preço dos alimentos, ainda  tem que arcar com todos os benefícios dados pelo governo às classes mais pobres. Muitas pessoas vivem apenas com o dinheiro do “ bolsa família ”, ou seja, vivem no assistencialismo, e não se preocupam em trabalhar ou estudar a fim de  conseguir  um bom emprego, ter autonomia e qualidade de vida.
A escalada da violência mostra que, cada vez mais, crianças e adolescentes tem sido aliciados para o crime porque são inimputáveis, ou seja, não cometem crimes, só infrações. É um daqueles exemplos de leis malfeitas e inconsequentes que só mancham a reputação do país lá fora.
Políticos, em todas as esferas, estão se esbaldando na corrupção e promovendo uma verdadeira farra com o dinheiro público, dinheiro este, advindo dos nossos impostos.
O funcionalismo público está repleto de fiscais, juízes e servidores desonestos que, mediante propina, permitem que obras e ações irregulares e erradas sejam aprovadas, legitimadas e executadas.
A educação pública está tão desmoralizada e desacreditada que a escola se transformou num depósito de crianças que chegam ao final do processo quase tão sem instrução como quando entraram na escola. Estão se tornando verdadeiros analfabetos funcionais. Os professores se transformaram em capachos dos pais e dos alunos. São tratados como criados que tem a obrigação de aturar desaforos, insolências e outros insultos em troca de um salário indigno.
Muitas vezes, esses profissionais não têm apoio algum, ou seja, suporte e estrutura necessários para cumprir o que lhes foi proposto. E não nos esqueçamos de que a instituição “escola” é responsável por,  além de dar conta de ensinar a ler e escrever, dar diretrizes envolvendo:  boas maneiras, dicas de higiene, orientação contra o uso de drogas e do alcoolismo, instruções  a respeito de  sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis, enfim, todos os projetos do governo são  “despejados” para as escolas para que elas os desenvolvam.
O professor tem uma carga muito grande para carregar e vive de mãos atadas, sem autoridade, sem voz ativa, sem nada. Tem-se a impressão de que é melhor que as pessoas sejam ignorantes e sem instrução. É mais fácil enganar e manipular pessoas assim, pois numa sociedade massificada pelos meios de comunicação, é preferível que as pessoas sejam alienadas, afinal de contas, um povo alienado é um povo sem cultura, sem conhecimento. É um povo que não pensa por si próprio, simplesmente aceita o que lhe é imposto, sendo assim mais fácil de ser manipulado, corrompido e controlado.
Enfim, por essas e outras, ninguém mais quer ser professor no Brasil! Não compensa.
Nosso sistema de saúde pública há muito está falido. Pessoas estão pedindo socorro e, consequentemente morrendo nas filas de postos de saúde e de hospitais. Faltam medicamentos, vagas em leitos hospitalares e profissionais qualificados. Além dessa calamidade pública existe a falta de ética de muitos que se dizem “profissionais”, pasmem, funcionários fantasmas, ou seja, pessoas que somente aparecem para bater o ponto, sabedores de que no final do mês seu alto e não merecido salário estará depositado em suas contas bancárias.
Tudo o que foi mencionado acima, é reflexo do legado que nossa geração transmitiu à sua geração. Por favor, desculpem-nos, nós falhamos.
Você gosta deste retrato do Brasil? Nós também não. Porém, cabe a todos nós uma mudança radical de atitude.
Parece que a juventude acordou para a catástrofe política e social do Brasil. Não é momento de celebrar nada. É o momento de exigir das autoridades uma posição e uma conduta decente e condizente com o papel que se dispuseram a desempenhar.
Não se engane, o que é mostrado nas novelas e nos filmes não é a realidade. Tudo o que foi visto e dito até agora sobre o Brasil é a realidade.
Todos temos que mudar nossos propósitos, nossa forma de ver a política. Sé é a política que governa nosso país, então é preciso saber votar. Não se pode votar sempre nas mesmas pessoas, nos mesmos partidos. Chega da mesma coisa sempre! Abaixo as oligarquias  declaradas, abaixo os carreiristas políticos e profissionais em negociação de votos. Vamos votar para um Brasil novo, já sem a presença dispensável das sanguessugas e dos vampiros sociais de sempre. Há que se ter  políticas públicas e sociais efetivas. O Brasil precisa de gestores decentes, honrados e voltados ao bem comum, não de políticos com suas politicagens, com seus votos favoráveis a que colegas bandidos continuem  atuando como representantes do povo.
Quem sabe, no futuro, numa semana da pátria dessas, ainda nos reunamos para celebrar  mudanças ocorridas em nosso país, mas, por ora, não há nada para se comemorar, pois ainda  fazemos parte de um sistema. Estamos atrelados a ele e não  há como fugir.
Mas tudo vai mudar, pois tudo no mundo tem um ciclo e chegou a hora de mudar!
Nesta semana da pátria, em especial, vai uma vaia bem grande para o sistema corrupto e desleal que domina o Brasil! Talvez, daqui a alguns anos possamos homenagear nosso país da forma como  se deve  fazer a uma democracia justa, correta e honesta, enfim, uma “pátria” de verdade? Tomara.

Professores e funcionários da E.E.B. Norma Mônica Sabel.




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